segunda-feira, 3 de agosto de 2009

O cravo sem corola.

Me devore
Me almoce
Me jante
Não há pressa
Me demore.

Mas, você é tão apressado.
Diz que não sou mulher
De verdade.
Na verdade
Eu sou apenas
Saudade.
Saudade de um homem
Que foi você.

Me abra
Me leia
Me enlace
Em sua teia.

Mas, você não tem mais teia.
Eu era a Rosa
Você o Cravo.
Quem me goza,
Não fique bravo,
É outra corola.

Meu bem,
Não nos separemos.
Nossos filhos precisam de você.
Não importa que você é uma
Mentira.
Mesmo, eu tendo que encontrar
Meu prazer, em um prazer distante.
(Já que você só me quer trimestralmente).

Meu amor, o nosso amor é uma farsa
De farsa os sonhos são feitos.
E por meus filhos,
Farei faixada com você
Enquanto em outras pernas
Vou me embeber.

Um comentário:

  1. nossa que poema triste >__>
    adorei a terceira estrofe, a sonoridade ficou ótima >w<

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