segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Maria Júlia

Minha sobrinha, não cresça, não!
Tão bonito ver você assim
Comendo arroz, banana e caldinho de feijão.
Corra, desenhe, chute, numa tarde sem fim
Não comece com desejos de tornar mulher
Pequena, este mundo mal-trata
As coisas não são como você quer
Este ata e desata.

O pior de tudo
Por isso lhe imploro
É saber que no fundo
Até mesmo choro...
Você será linda
Como já é
Vai arrumar namorados
Eu não consentirei, Ainda
te ninarei com cantigas de cabaré.

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