domingo, 27 de setembro de 2009

Rumo ao final. Feliz?

Mesmo me esforçando pra não te querer mais,
ainda gosto de você.
Aliás, essa fraqueza, causada por esse sentimento que alimento,
é o motivo de lhe dizer amo você.
Não deveria, não poderia,
contrariando as orientações de amigos, digo-lhe, e continuarei a dizer.
Temos tão pouco tempo.
Até o amor que não compensa é melhor que a solidão.

No fundo eu sou um sentimental.
Mesmo quando disfarço, meu corpo lhe chama.
Tento negar o que me fará bem naquele momento,
com medo de no futuro tudo se repetir.
Todos me dizem que você não me ama,
que eu deveria deixar de ser burro e largar mão.
Não consigo.
Às vezes penso que eles estão certo,
mas meu coração se desabotoa e implora você.

Então nossos caminhos se cruzam:
Vamos cruzar os olhos,
sentir o coração bater mais forte, como se fosse a primeira vez,
seguiremos, a passos firmes como plumas, um em direção ao outro,
a boca sorrindo sem darmos conta disso.
Um braço por cima do outro: um abraço.
Quem sabe um beijo, após.
Quem sabe um abraço e um beijo infinitos
até despertarmos do sonho, e com saudade chorar.

Acalme-se.
A vida é isso que você está vendo.
Lembrarei não do que poderia ter sido e que não foi.
Lembrarei, sim, dos seus risos, gargalhadas, beijos, mordidas,
e mesmo todos lhe dizendo não,
você fez-se algo forte em sua resolução,
e muitas vezes me disse sim.
Sorrirei, enfim.

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