domingo, 19 de julho de 2009

Poema do Amor Abismal

Conheceu-a sem muito esperar
Estava na casa da tia
E saiu com os primos para rodar

Começaram a beber
Até ela aparecer
Que doce ilusão

Mulher forte, decidida,
Mas com a meiguice da rosa
Cálida perfumada

Seu cheiro corria por onde passava
E a rapaziada parava para olhar
Quem diria, quem diria.

O jovem menino que rodou a cidade
Perdê-la-ia pela idade
Mas ela decidiu aceitar

Que sorte deu o garoto
Agarrou-a pelo pescoço
E começaram a amar

Ficou todo entusiasmado
Sentiu-se o mestre da paixão
Mas de repente ela sumiu

E o franzino sentiu a dor
A dor de se entregar a tal furacão
Aqueles piores que qualquer vulcão

Entregou-se a cidade grande
E junto veio à rua
Virou a puta de luxo

Quem a devorava
E a deixava melecada
Não sabia que aquele corpo

Aquele corpo
Tinha muito mais de um menino
Do que do próprio furacão.

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