Polícia entrar em favela só para bater e sair. Esse era o Rio de Janeiro. Com a eleição de Brizola, e tendo como fiel braço direito Darcy Ribeiro, isto mudou. A polícia não entraria mais para bater , e a educação seria o pedestal da mudança. Essa era a teoria do antropólogo fundador na UnB. A polícia parou de entrar. A educação continuou a não entrar. O Estado fez-se totalmente ausente. Juntou-se fome, falta de saneamento básico, descaso, preconceito em um grande caldeirão. O resultado desse preparado não podia ser outro: crime, violência.
Os anos passaram e nada foi feito. Deixou-se fermentar a mistura. Quando o cheiro acre veio à mesa da sociedade limpa, polida, permeada no que há de melhor e mais puro, a reação encaminhou-se. Uma eugenia não declarada prostou-se.
As cidades fecharam-se em si mesmas. O argumento da degradação das relações humanas, gerou o elogio à violência, que além de espiada e pensada, colocou-se cada vez mais presente. No grande mundo através de guerras. No mundo interior através do preconceito. O desejo de morte e o odor pútrido a tudo que não conhecemos. Que não entendemos. E assim bradamos por justiceiros, por genocídios em nome da segurança. A vontade é punir infratores. As infrações são sempre alheias.
Para isso foram feitos os negros, índios, nordestinos, pobres: apreciar as entradas de serviço. E receber tiro. Porque as infrações são sempre alheias. Quem compra as drogas que financiam o tráfico são os próprios favelados. Eles entram no tráfico, não por um Estado ausente e exclusor, mas, sim, por vontade própria, passada de pai para filho, vontade de sujeito ruim. Degradantes da sociedade.
Como no Rio aconteceu por descaso da limitadíssima sociedade com capital( e não venha me acusar de Marxista, a não ser que me apresente melhor meio para exclusão em uma sociedade do que o Capitalismo), no resto do país, do mundo também ocorreu. Ora, a educação está aí, à porta, à espera de alguém aplicá-la. Em contraponto do que alguns chamados intelectuais dizem o BOPE nada mais é que a sociedade excluída. Procure saber onde seus agentes moram. Moram nas favelas. São tão vítimas quanto os traficantes.
A períferia precisa ser revista. Precisa-se investir nela para investir-se em toda sociedade. O mundo não pode mais compactuar com tamanhos disparates. Não pode. Mas não acredito que deixará de compactuar.
Os anos passaram e nada foi feito. Deixou-se fermentar a mistura. Quando o cheiro acre veio à mesa da sociedade limpa, polida, permeada no que há de melhor e mais puro, a reação encaminhou-se. Uma eugenia não declarada prostou-se.
As cidades fecharam-se em si mesmas. O argumento da degradação das relações humanas, gerou o elogio à violência, que além de espiada e pensada, colocou-se cada vez mais presente. No grande mundo através de guerras. No mundo interior através do preconceito. O desejo de morte e o odor pútrido a tudo que não conhecemos. Que não entendemos. E assim bradamos por justiceiros, por genocídios em nome da segurança. A vontade é punir infratores. As infrações são sempre alheias.
Para isso foram feitos os negros, índios, nordestinos, pobres: apreciar as entradas de serviço. E receber tiro. Porque as infrações são sempre alheias. Quem compra as drogas que financiam o tráfico são os próprios favelados. Eles entram no tráfico, não por um Estado ausente e exclusor, mas, sim, por vontade própria, passada de pai para filho, vontade de sujeito ruim. Degradantes da sociedade.
Como no Rio aconteceu por descaso da limitadíssima sociedade com capital( e não venha me acusar de Marxista, a não ser que me apresente melhor meio para exclusão em uma sociedade do que o Capitalismo), no resto do país, do mundo também ocorreu. Ora, a educação está aí, à porta, à espera de alguém aplicá-la. Em contraponto do que alguns chamados intelectuais dizem o BOPE nada mais é que a sociedade excluída. Procure saber onde seus agentes moram. Moram nas favelas. São tão vítimas quanto os traficantes.
A períferia precisa ser revista. Precisa-se investir nela para investir-se em toda sociedade. O mundo não pode mais compactuar com tamanhos disparates. Não pode. Mas não acredito que deixará de compactuar.
satisfação! sua sensibilidade à realidade o levará muito além de mim mesmo, espero!
ResponderExcluirNão, não, nós temos que acreditar, eu sei que só acreditar não vai fazer as coisas melhorarem, mas é o primeiro passo pra fazer algo acontecer, né?
ResponderExcluirParar um pouco pra ter um olhar mais crítico e profundo à nossa volta também é essencial!